Brasil sedia pela primeira vez o Encontro Latino-Americano de Arquitetura Comunitária
"Tecnologias Sociais e Autonomia Construtiva no Habitat Latino-Americano" é o tema do 6º Encontro Latino-Americano de Arquitetura Comunitária, que acontece nesta semana em Foz do Iguaçu. O evento, que se realiza pela primeira vez no Brasil, reúne até a próxima sexta-feira autoridades, pesquisadores e profissionais para discutir e compartilhar as experiências de cada país, com representantes da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e Brasil.
O evento é promovido pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul (Maloca) e conta com apoio da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (Sindarq/PR), Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur), da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila), além de parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Débora Sanchez, professora do departamento de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, destaca a importância do tema no cenário da América Latina. “Desde a minha formação senti falta de discutir sobre a cidade real”, diz, acrescentando que pesquisou a questão da moradia social em Campinas no trabalho final de graduação.
“Achei muito interessante a proposta do ELAC, pois não é um evento acadêmico; a base dele é trazer a comunidade para compartilhar experiências. Para mim, esse movimento do ELAC é um lugar de aprender muito”, afirma.
Ao comparar a situação habitacional na América Latina, Débora afirma que todos os países têm uma série de semelhanças na pobreza, na falta de saneamento básico em diversas áreas, além de realidades próximas como as favelas. “Desta forma, o encontro torna-se ainda mais rico e relevante para as lideranças e comunidades dos países envolvidos”, finaliza.
Júlia Bellizzi – estagiária
Com supervisão de Raquel de Carvalho
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