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OCAS leva arquitetura a comunidades de baixa renda

Projeto da UEL alia formação prática de estudantes com assistência técnica gratuita em habitação e urbanismo

Alunos do projeto trabalham na reconstrução da escultura do artista Fajardo - Foto Antônio Carlos Zani
Alunos do projeto trabalham na reconstrução da escultura do artista Fajardo - Foto Antônio Carlos Zani

O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina (UEL), conhecido como OCAS, tem sido um pilar de extensão universitária e formação prática para estudantes de arquitetura há duas décadas. Estabelecido em 2004, o projeto continua uma tradição de envolvimento comunitário que já existia no curso de Arquitetura da UEL até mesmo antes de seu surgimento.


O docente Antônio Carlos Zani está no projeto há 15 anos. Professor da UEL há 44 anos, atua na Arquitetura praticamente desde o início do curso. Ele lembra que, antes mesmo da criação do OCAS, já se envolvia com projetos de extensão, como o IPAC (Inventário do Patrimônio Público Cultural), que reunia professores de Arquitetura, História e Ciências Sociais. "A gente fazia intervenções em patrimônios como a igreja de madeira do Bratislava, a Casa do Pioneiro e uma capela", recorda. Com o surgimento do OCAS, a iniciativa ganhou maior projeção ao se vincular à FENEA (Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura).


Atuação ampla 

O OCAS atende tanto à comunidade externa quanto à interna da UEL, embora a extensão universitária seja voltada prioritariamente ao público externo. Entre os projetos desenvolvidos para a comunidade, o escritório já prestou apoio a creches, comunidades carentes, igrejas, como a torre da Igreja Matriz de Rolândia e ocupações em bairros que buscam regularização.

Atualmente, destaca-se o projeto em andamento no assentamento Eli Vive, onde os alunos estão desenvolvendo um centro cultural. Outro trabalho importante envolve a reconstrução de uma escolinha de madeira demolida no bairro Limoeiro.

Dentro da UEL, o OCAS também tem papel fundamental. Já colaborou com o NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros), com o Museu de Geologia do CCE (Centro de Ciências Exatas) e com o museu da escola rural. Outro projeto desenvolvido pelos participantes foi a reconstrução da escultura do artista Fajardo para o CCB (Centro de Ciências Biológicas), após a demolição do prédio onde a obra se localizava.


A demanda por projetos é grande, e a maioria dos pedidos parte de associações de bairro e, até, da própria prefeitura. Um dos projetos em curso busca viabilizar a transferência do Museu Histórico de Londrina para um galpão no pátio ferroviário, com o objetivo de formalizar a doação do terreno, que pertence atualmente à União.


Formação prática e contato com a realidade

O OCAS é um espaço essencial na formação dos estudantes, proporcionando os primeiros contatos com a prática. “É o lugar onde os alunos começam a ter o primeiro contato com a profissão da arquitetura e com a clientela. Ou seja, eles vão conhecer a realidade do bairro, das associações, como elas se organizam e como os alunos podem ajudar", explica o professor Zani.

Atualmente, cerca de 60 estudantes participam do OCAS. O funcionamento do escritório se adapta à rotina dos alunos, que são de um curso integral. Muitos aproveitam intervalos de duas horas ou as chamadas "janelas" da grade horária para se dedicar aos projetos. Não há dias fixos de trabalho, e a participação é mais comum entre os alunos dos primeiros anos, até o terceiro. A partir daí, muitos ingressam em estágios remunerados.


As atividades incluem levantamento histórico, medições in loco, desenvolvimento de projetos com desenho manual e softwares como AutoCAD e SketchUp, além da confecção de maquetes físicas para apresentação aos clientes. A equipe se renova a cada três anos, com a entrada de novos estudantes.


O Professor Zani ressalta que, mesmo diante da alta demanda, o OCAS busca atender a todos os pedidos dentro do possível. "À medida do possível, o OCAS vai fazendo", afirma. "É um escritório que fica à disposição da comunidade, principalmente a carente. Basta encaminhar um pedido ao Departamento de Arquitetura da UEL, que será avaliado", conclui.


 
 
 

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